Crônica: A regra do amor

O amor estava passando por um descuido de sentimento. Ao observá-la na rua ele percebeu o quanto ela amava o acompanhar pelas esquinas, não largava sua mão. Ela não largava e ele era sempre o último a dizer eu te amo, displicente com as ruínas de uma cidade histórica enquanto ela só o olhava. Era assim: te amo, meu amor! Dizia ela. Sim, também te amo meu amor, dizia ele. Mas ele era sempre o último dizer.

Ao desentrelaçar os dedos ele sentiu um calafrio. Não queria que ela soltasse sua mão. Então ele chegou perto dela de novo e agarrou a sua mão novamente. Agora Conde a havia compreendido. Disse a ela fortemente: te amo, meu amor! E ela o disse do mesmo modo alarmada.

Agora você me entende, Conde? Perguntou ela. Sim, agora a entendo. Respondeu e continuou... Estamos assim um pelo outro, o que devemos fazer? Se o amor nos tem fortes e apaixonados eu posso te curar e tu pode me curar, disse Amélia. Então casemos o quanto antes, disse Conde.

Eles casaram no mesmo dia, ainda que não conseguissem soltar as mãos, descobriram que o amor na vida de casados era uma liberdade, mas também uma regra que faz amar mais e mais.

 

Por Djair Alexandre

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