A Reforma Tributária aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula entrará em vigor em 2026 e o Mercado tem consciência que o ministro da Economia, Fernando Haddad, obterá ganhos políticos rumo à Presidência da República.
Esqueça sua ideologia por um momento, e me corrija se eu estiver errado. O impacto com a nova reforma virá com a movimentação de trilhões de reais na economia brasileira, justo no ano em que a lei entrará em vigor e em que o País realizará as eleições presidenciais.
Por isso, avalio que os analistas de mercado - por vontade própria - vêm desconsiderando as previsões positivas para a economia do Brasil, como uma forma de enganar seu próprio público, ou seja, vêm produzindo Fake News desde agora. Ora, mesmo vendendo que Haddad está escrevendo suas memórias póstumas, no fundo sabem que o que pregam não é verdade. A propósito, Memórias Póstumas de Brás Cubas é o livro favorito do Ministro, e, realmente, é uma obra maravilhosa.
No entanto, há uma grande luz no fim do túnel que pode clarear o caminho de Haddad à Presidência da República. De onde ele escreverá sua biografia de Ministro que acabou com a substituição tributária.
Atenção, quem investe pensando no fim político de Haddad, em 2026, cuidado para não perder dinheiro. Porque, na real política de curto prazo, todos sabiam que neste ano haveria um pequeno recuo na economia. Até o Ministro Haddad alertava para o fato de que o crescimento seria milimetricamente menor, em relação à 2023.
E por que toda essa pressão? Perfeito. Para quem não entende, digo-lhes, é só o mercado fazendo um pouco de política e aproveitando a oportunidade – dentro das previsões de recuo da economia - para fazer sua escalada contra o Governo. Alguns chamam isto de oposição, ou seja, o jogo sendo jogado.
E complemento, o Governo sabia que no 2º round podia ficar nas cordas. E assim está. No entanto, a oposição também deve saber que no 4º round, em 2026, o Ministro da Economia vai estar com fôlego. Pois é neste momento que as Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Indústria deixarão de pagar imposto como substituição tributária, imposto sobre imposto. E estamos falando na casa dos trilhões de capital de giro, tudo disponível para expansão e investimento destas empresas.
O efeito disso, senhores, é que ninguém terá mais que pagar imposto antes de vender um produto. Explico aos que não compreendem este fenômeno. O fato que gera o imposto, e que gera a obrigação de pagar - chamado de fato gerador - ocorre quando a venda de uma mercadoria é firmada, seja no balcão, seja numa vitrine.
Infelizmente, nosso sistema tributário não é assim. Quando a empresa compra o produto para colocar na sua prateleira, antes mesmo de chegar um cliente para firmar o negócio, a empresa é notificada pela receita para pagar o imposto do produto, porque o Governo supõe que o comerciante vendeu rápido.
O sistema tributário desconsidera que, na maioria das vezes, as empresas levam muito mais tempo para vender aquele bem. Já a nossa indústria paga o imposto ao produzir o produto.
Então, sempre foi inconstitucional nosso modelo. Mas vamos e convenhamos, não cabia ao STF governar nem causar uma crise economia declarando inconstitucional nossa atual base de tributação. A verdade é que isto era grande demais para mexer.
Com a nova reforma, o imposto foi diminuído para bens, mas em serviços aumentou. O importante é que para bens o fato gerador realmente será no momento da venda realizada. E isto significa que as empresas terão um capital de giro extremamente alto e importante para utilizar. Em média 10% (dez por cento) do faturamento bruto das empresas estarão na mão dos empresários em 2026.
Vamos um pouco além, nobres leitores, Haddad vai bater vários recordes com essa matemática. E a verdade é que o Mercado não quer que muita gente saiba disso.
Por isso, a hora que eles têm para colocar Haddad nas cordas é agora. Façam suas apostas.
Por Djair Alexandre
@djairalexandre
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