Crônica: João Pessoa e um conto

Por Djair Alexandre

Encontrando a ponta leste do Brasil, todos chegam à cidade que é porta do sol para o país. João Pessoa, como toda mãe, acorda primeiro que todas as outras cidades. Enquanto o Brasil ainda dorme, João Pessoa está nas cozinhas com barulhos de passos, liquidificador e cheiro de café. É que o sol nasce primeiro.

 

Todos vêm passar as férias com ela, sempre com desejos de ficar e morar. Ela é a uma das mais visitada do país, por isso cosmopolita formada pelos filhos que vêm de todos lugares, da capital, do sul, do norte, do centro são sempre bem vindos e acostumam a acordar cedo.

 

Nos domingos, brincar nas praias é o que ela mais gosta de fazer com seus filhos, alguns fazem kitesurf, outros pegam os caiaques e vão para piscinas naturais e para a ilha que ela tem e fica no meio do mar. Mas, também, há inúmeras ciclo faixas que vão do centro as praias, e mesmo assim ela fecha avenidas e ruas para que corram e pedalem em segurança.

 

Ela guarda a história da família no centro histórico e há sempre festas à noite. O clima é californiano, noite de lua cheia as praias estão tão claras que todos levam cadeiras, vinho e violões. Uma diversão pescar com rede de arrasto com o mar claro, e pegar agulhinhas.

 

O ritmo da cidade vem do oceano, para compreender o que falo é só escutar a música do Djavan, pronto você está em João Pessoa. Mas também tem a chuva no mês de maio e junho, uma pequena temporada e, mesmo nela, o sol sai as tardes.

 

É assim que é ser de João Pessoa, não importa se você é de outro estado. Se gostou dos seus segredos e quer ficar, então, você também é um pessoense.